Arquétipos de Marca e sua importância no branding

No vasto universo do marketing, entender e definir a personalidade de uma empresa é essencial para criar conexões duradouras com o público. Uma das ferramentas mais eficazes para alcançar este objetivo é o uso dos Arquétipos de Marca. Neste artigo, vamos explorar esses conceitos e como sua aplicação no branding pode torná-la inesquecível.

O que são arquétipos?

O conceito de arquétipo existe desde a antiguidade, mas foi introduzido com um viés psicológico na história moderna pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, no início do século XX. Para Jung, os 12 arquétipos representam tendências inatas das pessoas, como parte do inconsciente coletivo da humanidade, influenciando como elas pensam e agem.

Arquétipos de Marca

Os Arquétipos de Marca são ferramentas valiosas para ajudar uma empresa a alcançar o subconsciente do seu público. Considerados conceitos psicológicos por reunir facetas humanas de caráter que melhor representam sua essência, eles são uma forma de expressar sua identidade, incluindo valores, personalidade e estilo de comunicação. Eles proporcionam às organizações perfis que as tornam acessíveis ao público que tem os mesmos princípios. 

Marcas poderosas, com as quais o público tem uma conexão mais sólida, possuem arquétipos claramente definidos e refletidos em sua identidade visual, produtos e serviços, carregando traços que passam a ser associados a elas.

O papel dos arquétipos no branding


Os arquétipos desempenham um papel importante no branding porque conferem às empresas um significado que gera em seu público um vínculo emocional com seus produtos, de forma quase pessoal, como se eles tivessem vida própria, a ponto de estabelecer um relacionamento com eles. 

Associar os arquétipos às marcas aprimorou as estratégias de branding, sobretudo no aspecto emocional das decisões de compra e na construção de relacionamentos duradouros. Essa abordagem fez uma diferença significativa para o mercado, especialmente para empresas com maiores dificuldades de comunicar sua identidade e estabelecer laços com seu público.

Os principais arquétipos de marca

Vamos explorar agora os 12 principais Arquétipos de Marca, os desejos associados a cada um deles e como suas características influenciam a comunicação e as estratégias de branding.

O Sábio: é o arquétipo que valoriza a verdade, guiado pelo desejo de compartilhar conhecimento para melhorar o mundo. Marcas que o encarnam são vistas como fontes de informação confiáveis, devido à imagem de inteligência e responsabilidade social que frequentemente demonstram. No branding, seu foco é fomentar a aprendizagem contínua, sendo ideal para redes de notícias e mídia, instituições de ensino e pesquisa. Exemplos de marcas com esse arquétipo: CNN, Google e Harvard.

O Herói: esse arquétipo proporciona proteção e inspiração, encarando qualquer desafio. Seu desejo é instigar coragem e autoconfiança para a superação de obstáculos. No branding, visa o empoderamento do público, de forma que a marca seja uma catalisadora para que este alcance o seu potencial máximo. As empresas desse arquétipo obtêm grande vantagem ao utilizar figuras emblemáticas que os clientes podem admirar e tomar como referência, como, por exemplo, associando grandes atletas a roupas esportivas. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Nike, Adidas e Gatorade.

O Inocente: é marcado por uma visão otimista e positiva do mundo, e seu desejo é promover segurança e felicidade tanto para si quanto para os outros. Pessoas ou marcas que se identificam com esse arquétipo valorizam a honestidade e a pureza, evitando conflitos e abraçando a beleza interior de todos. No branding, ele vai se manifestar pela promoção de positividade, bem-estar e autenticidade, que ressoam especialmente com setores de cuidados pessoais e alimentos saudáveis. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Dove e Mãe Terra.

O Explorador: movido por um desejo insaciável de aventura e descoberta, esse arquétipo busca constantemente sair de sua zona de conforto, aventurando-se em ambientes desconhecidos que oferecem desafios mais voltados para o seu autoconhecimento do que para impressionar os outros. No branding, ele traz a celebração da liberdade e a exploração de novos lugares, sendo o ideal para empresas associadas a viagens de aventura e automóveis. Campanhas que promovem o espírito aventureiro e encorajam a descoberta ressoam bem com o perfil do explorador. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Land Rover e Jeep.

O Mago: é o arquétipo responsável por transformar sonhos em realidade por meios “mágicos”. Dotado de inteligência e conhecimento, ele deseja o poder e detém informações privilegiadas que o tornam fascinante e enigmático. Ao ser compartilhado, esse conhecimento soma valor aos clientes e posiciona a marca como capaz de realizar desejos e promover mudanças. A estratégia de branding do Mago envolve criar uma aura de mistério e encantamento, atraindo clientes que buscam transformação. É uma boa escolha para empresas relacionadas a entretenimento, tecnologia, saúde e bem-estar. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Polaroid e Disney.

O Fora da Lei: é caracterizado pela rebeldia e desejo de transformação. Ele desafia a normalidade, promovendo mudanças e contestando a autoridade para proteger a liberdade de escolha. Embora motivado por um desejo positivo de mudança, suas ações podem ser vistas como controversas. No branding, esse arquétipo é usado para questionar o status quo e agitar o mercado, de forma a conectar-se com um público que valoriza a quebra de padrões e a inovação. Empresas do ramo de arte corporal, automóveis e roupas alternativas frequentemente o adotam. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Harley-Davidson e Diesel.

O Amante: esse arquétipo valoriza a beleza e experiências estimulantes, que inspiram relacionamentos íntimos. No entanto, para além da sedução, o Amante também cultiva conexões espirituais, familiares e sociais, priorizando  fortalecer laços com o que é realmente importante. Seu desejo é promover paixão e enriquecer a vida. No branding, esse arquétipo traz a afirmação da beleza, do valor e do tratamento exclusivo, sendo ideal para empresas ligadas a cosméticos, perfumes, vinhos, viagens e culinária sofisticada. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Victoria’s Secret, Chanel e Lindt.

O Artista: também conhecido como Criador, o arquétipo do Artista celebra a imaginação. Motivado pela necessidade de inovar, ele deseja a autoexpressão por meio de obras extraordinárias e perenes. Marcas que se posicionam com esse arquétipo valorizam a estética e o design, investindo bastante no apelo visual. Para o Artista, tudo o que pode ser imaginado pode ser criado, e seu desejo é a inovação e a expressão pessoal. Seu branding foca em liberar a imaginação e motivar nos clientes o desejo de criar, inspirando-os a expressar sua natureza. Empresas ligadas a artes, design, marketing e tecnologia da informação se alinham bem com esse arquétipo. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Apple e Lego.

O Tolo: o arquétipo do Tolo tem o espírito do palhaço. Marcas que adotam esse arquétipo buscam leveza e diversão, conectando-se com a criança interior. Elas são inovadoras, pois não se encaixam nos padrões tradicionais, e destacam-se em setores como entretenimento infantil, cervejarias e confeitarias. O Tolo no branding traz o humor como meio de engajamento com o público, ajudando-o a ver a vida de forma mais descontraída. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Nickelodeon e McDonald ‘s.

O Comum: esse arquétipo representa os que preferem se integrar à multidão, sem se destacar, são amigáveis e se comunicam de forma equilibrada, valorizam o trabalho, a confiança e a autenticidade. O Comum prioriza a praticidade em vez do luxo e seu desejo é proporcionar um sentimento de pertencimento e conforto, sendo ideal para produtos voltados para a vida doméstica, alimentação e vestuário. No branding, ele se concentra em construir uma comunidade receptiva e inclusiva, sintonizada com princípios essenciais. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Walmart e Havaianas.

O Governante: é o arquétipo que assume o controle, segue e estabelece regras. Governantes são líderes naturais, necessitam de seguidores e consideram que agir de forma correta contribui para a construção de marcas respeitáveis e duradouras. Eles valorizam quem compartilha essa visão, oferecendo produtos de qualidade superior, que definem padrões. Seu desejo é controle, confiança e estabilidade. Ele é utilizado no branding para demonstrar domínio e liderança, sendo ideal para setores como finanças, moda formal, produtos de luxo e hotelaria. Empresas que adotam o Governante devem provocar em seus clientes a sensação de pertencer a um grupo exclusivo e prestigiado. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Rolex e Mercedes-Benz.

O Cuidador: é o arquétipo guiado pela compaixão, dedicado a cuidar e proteger os outros, para garantir que se sintam seguros e apoiados. Comumente encontrados em áreas como enfermagem, educação e de caridade, eles são vistos como confiáveis devido à sua motivação altruísta. O desejo do Cuidador é servir, e seu estilo de branding foca em fomentar apoio público e priorizar o bem coletivo. O setor de ensino, saúde e organizações sem fins lucrativos se alinham bem com esse arquétipo, pois empresas cuidadoras sempre priorizam as necessidades dos clientes. Exemplos de marcas com esse arquétipo: Johnson & Johnson e Médicos Sem Fronteiras.

Os Arquétipos de Marca como ferramentas de humanização

Sabemos que para criar uma conexão genuína com o público é fundamental humanizar a marca, e os arquétipos são uma estratégia muito eficaz para isso, pois lhe conferem esse caráter mais humano, dando-lhe personalidade. 

Como vimos, cada um deles possui uma personalidade distinta, com motivações e valores que ajudam a destacar a empresa no mercado, fornecendo insights valiosos para construir sua identidade e aumentar seu reconhecimento. 

Ao criar uma identificação com os clientes e se alinhar com seus desejos, um arquétipo bem definido reduz a probabilidade de que eles escolham a concorrência. No entanto, essa personalidade deve refletir verdadeiramente os valores da marca, garantindo que o vínculo com o público seja autêntico e duradouro.

Na Respira, entendemos a importância dos Arquétipos de Marca para um branding eficaz e utilizamos esses conceitos com excelência para refletir genuinamente os valores e a essência de cada empresa, garantindo que sua identidade se destaque no mercado e gere uma conexão profunda com os clientes. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudá-lo a alcançar todo o seu potencial por meio de estratégias de branding personalizadas!

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